segunda-feira, 27 de agosto de 2012

8º - Terrazas - Cabernet Sauvignon

Último vinho que tomei em Buenos Aires!

Com aromas de frutas vermelhas (morango e framboesa), o Terrazas Cabernet Sauvignon tem sabor arredondado e macio, com doces taninos. Lembrando que eu já havia explicado sobre quem são os tais taninos bem aqui! Além disso, é considerado um excelente vinho de gastronomia.

Tudo isso é possível devido ao seu envelhecimento (de reserva): 12 meses em carvalho francês e mais 6 meses na garrafa.

Como sugestão, acompanha bem com carnes vermelhas, queijos e massas.

Meu comentário:

Ótimo vinho! Sem querer tomei a decisão acertada ao entrar no restaurante pedir um bife de chorizo (de novo) e este vinho. Como foi dito pelos especialistas, pude comprovar que é um vinho arredondado e macio, fácil de beber até o final.

Vale destacar que o rótulo deste vinho faz questão de mencionar que o mesmo foi produzido a 980 metros acima do nível do mar. E não é a toa. Tal condição climática permite obter este Cabernet muito frutado e de grande expressão aromática.

Além disso, também já havia tomado um vinho considerado de reserva neste post, porém colocarei um trecho de uma explicação que encontrei sobre a tal barrica de carvalho. O trecho a seguir está neste link:

"A passagem do vinho por barricas de carvalho faz com que o vinho adquira aromas próprios da madeira, além de promover um afinamento de seus taninos e auxiliar na sua estabilização. As principais características das barricas de carvalho são a capacidade que elas têm de permitir que o vinho "respire" através dos micros poros da madeira, executando a chamada micro-oxigenação. Quem assistiu ao filme Mondovino, de Jonathan Nossiter, certamente escutou Michel Rolland, o famoso consultor de vinhos, repetir a exaustão a seus clientes donos de vinícolas que prosseguissem a micro-oxigenação.

(...)

A segunda função da barrica é atribuir ao vinho aromas que são próprios da madeira e se liberam mediante o aquecimento de sua superfície. Por isso as barricas são tostadas antes de receberem os vinhos. Dependendo do grau da tosta, diferentes aromas são conferidos à bebida, da baunilha a aromas mais intensos, como café, pão torrado, etc. Por fim, a passagem em barricas auxilia o vinho em sua estabilização. Durante a micro-oxigenação as moléculas de oxigênio que penetram na madeira e alcançam o vinho se ligam aos taninos mais rústicos e pesados, fazendo com que eles se precipitem no fundo da barrica. Com isso, no momento do engarrafamento do vinho, somente os taninos mais finos estarão presentes na bebida, garantindo ao vinho uma característica mais redonda e aveludada.

Mas se a madeira confere esses aromas e qualidades ao vinho, por que ela precisa estar necessariamente no formato de barrica? Ou seja, não bastaria simplesmente mergulhar um pedaço de madeira no vinho armazenado em um tanque de inox, por exemplo? Sim e não. Segundo Tom Stevenson, crítico de vinhos e autor do The Sotheby's wine encyclopedia, desde que usado de maneira comedida os pedaços de madeira, chamados chips de madeira, poderiam garantir os atributos aromáticos da bebida. Existe no mercado uma enorme variedade de chips, provenientes de carvalhos de diferentes partes do mundo, com diferentes graus de tosta. Porém, segundo David Burt, químico e Master of Wine autor de Understanding wine technology, a micro-oxigenação, que é o principal processo pelo qual passa um vinho em repouso nas barricas de carvalho, não pode ser obtido pela adição de chips ao vinho. A combinação dessas características, conferência de aromas, potencialização do afinamento do vinho e sua estabilização, explicam a razão pela qual os chips de madeira não conseguem, isoladamente, substituir as barricas. Mesmo que seu custo seja caro, as barricas ainda são consideradas por muitos o melhor instrumento para afinação e harmonização final dos vinhos."

Bom, acho que esta explicação fecha qualquer dúvida (pelo menos da minha parte) sobre as barricas de carvalho.

Voltando ao dia que tomei este vinho...

Foi minha última noite em Buenos Aires. Era um domingo e escolhi sair pra jantar com a Ana e aproveitar o clima romântico da cidade portenha. Infelizmente no dia seguinte pela manhã voltaríamos para Brasília. E foi tudo muito maravilhoso. Desde o vinho, passando pela carne e terminando na companhia ilustríssima da Ana Luísa. Buenos Aires fechou com chave de ouro!



Tipo: Tinto
Vinícola: Terrazas de los Andes
Safra: 2008
Composição: Cabernet Sauvignon
País: Argentina
Região: Mendoza
Grad. Alcoólica: 14,1%
Volume: 750ml
Preço: 57 pesos argentinos
Data: 12/08/2012 - Buenos Aires - Argentina




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

7º - Trumpeter - Cabernet Sauvignon

Quarto vinho tomado em Buenos Aires de uma série de cinco. O penúltimo vinho é da província de Mendoza, principal região produtora de vinhos da América Latina, como já foi dito aqui. Considerada a mais internacional das uvas, a Cabernet Sauvignon tem cor rubi intenso com aroma de frutas vermelhas e frambuesa, além de um sutil sabor de chocolate e baunilha. Com taninos característicos, o vinho é encorpado, consistente e permanece longo tempo na boca, talvez por causa de seu amadurecimento: em barricas novas e usadas.

Meu comentário:

Tomamos o vinho no almoço acompanhando um tradicional bife de chorizo argentino. Além disso, uma água sem gás e a bela vista da Calle San Martín, pertinho ali da Plaza General San Martín.

O que mais me chamou atenção foi essa questão dos taninos que eu não fazia ideia do significado. Pesquisei, pesquisei e pesquisei... Então vamos lá!

Tanino é um instrumento de defesa das plantas e é encontrado em folhas e frutos não maduros. De modo que quando um predador começa a ingerir as partes da planta, suas células começam liberar os tais taninos. Um biólogo talvez poderá explicar melhor essa parte. Mas o que interessa isso nos vinhos? Vamos lá!

"Dentre as uvas viníferas, geralmente, quanto mais grossa a casca, maior a quantidade de taninos a serem extraídos. Este é o caso da Cabernet Sauvignon, Tannat, Nebbiolo, Baga, Petit Verdot, Sangiovese Grosso". Peguei esta explicação bem aqui! Lembrando que os vinhos tintos tem quantidade maior de taninos que os vinhos brancos.

Na prática, o tanino provoca aquela sensação de vinho que amarra, que pega, que seca na boca. No popular, é aquela sensação de comer banana verde. Ou seja, toda vez que você tomar um vinho e sentir uma "secada" na boca lembre-se: Prazer, eu sou o tanino!



Tipo: Tinto
Vinícola: Trumpeter
Safra: 2010
Composição: Cabernet Sauvignon
País: Argentina
Região: Mendoza
Grad. Alcoólica: 13,8%
Volume: 750ml
Preço: 60 pesos argentinos
Data: 10/08/2012 - Buenos Aires - Argentina



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

6º - Tomero - Malbec

Terceiro vinho tomado na Argentina: Tomero Malbec. Vinho tinto seco. É argentino (e mais uma vez) da região de Mendoza. Aroma de ameixas, canela e chocolate. O vinho é conservado oito meses em tanques de aço inoxidável e barricas de carvalho francês e mais seis meses na garrafa antes de ir ao mercado. Tem doce entrada, estrutura boa e final longo.

Meu comentário:

Um vinho de fato muito bom e que agradou o meu iniciante paladar. É daqueles vinhos que você começa a tomar e no final da garrafa você fica com aquele pensamento de "mas já está acabando?". É claro que o ambiente ajudou e muito. Estávamos (Ana Luísa, Timóteo e eu) num show bem intimista de Jazz em plena capital argentina. O local era pequeno, o que dava a sensação de estarmos na casa de algum amigo. Todos sentados, luz baixa, lustre belíssimo, sofás, cadeiras, saxofone, piano, bateria e um contrabaixo acústico fechando o ambiente com elegância. Para acompanhar, pedimos uma pizza que por sinal caiu muito bem. Aliás, eu não sei se foi a pizza que acompanhou o vinho ou o vinho que acompanhou a pizza de calabresa. Na verdade eu tive a sensação de que os dois acompanharam o Jazz, que estava maravilhoso.

Para quem se interessar, o site do produtor é este aqui. A foto da página inicial é inspiradora até pra quem nunca tomou um vinho. Ainda realizo a minha vontade de passear por vinícolas mundo afora.

Além disso, andei pesquisando sobre como seriam essas barricas de carvalho. Encontrei um blog (este aqui) bastante interessante que me explicou  para que servem essas barricas, como são e pouco de sua história.

Viva o Jazz! E com vinho, muito vinho!



Tipo: Tinto
Vinícola: Tomero
Safra: 2011
Composição: Malbec
País: Argentina
Região: Mendoza
Grad. Alcoólica: 14,5%
Volume: 750ml
Preço: 80 pesos argentinos
Data: 09/08/2012 - Buenos Aires - Argentina





quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Dica de sucesso!

Não é um vinho. Mas é uma dica valiosa.

O Fim de Expediente, programa da CBN que vai ao ar às sextas-feiras de 18h às 19h, e é apresentado por Dan Stulbach, Luiz Gustado Medina e José Godoy, entrevistou no dia 10/08/2012 o comentarista também da CBN Jorge Lucki. Lucki é especialista em vinho e deu uma verdadeira aulinha (básica) sobre vinhos.

Sim! Dan Stulbach é aquele ator que ficou eternamente marcado pelo papel na novela Mulheres Apaixonadas em que seu personagem batia na mulher com uma raquete de tênis.

Ouço o programa todas as sextas. Mas essa sexta-feira parece que o programa foi feito pra mim, como disse a Isabella Januário. Três coisas que achei dignas de comentário aqui no blog:

1 - O vinho nacional NUNCA será bom em termos mundiais. Não estamos dizendo que os vinhos nacionais são ruins. Mas nunca figurarão entre os melhores do mundo. O problema é climático. Nossas condições climáticas não nos permite tal feito.

2 - Nossos vinhos são muito caros. Os impostos incidentes sobre a produção do vinho nacional são muito altos. Mais de 50% do valor do vinho. Na Europa, com 10 euros você faz a festa tomando ótimos vinhos. Pode-se tomar ótimos vinhos na Europa por 3 euros, por exemplo. O mesmo vinho será vendido aqui no Brasil por R$ 50,00. Obrigado governo brasileiro!

3 - Quanto mais você bebe vinho, melhor você bebe. É questão de educar o paladar. Ninguém nasce sabendo tomar vinho. Aprende-se a degustar vinho tomando bastante vinho. Minha parte já estou fazendo!

O link do programa está aqui! Vale a pena conferir!

5º - Trapiche Fond de Cave - Malbec

Após um hiato de quase duas semanas sem postar, cá estou eu novamente. Estive em Buenos Aires de 08 a 13 de agosto. Confesso que no início eu ainda tentei postar os vinhos que tomei lá, mas depois o dia-a-dia estava meio corrido por lá. Na semana em que retornei ao Brasil fui pra o Rio de Janeiro, retornando dia 20/08. Ou seja, tem muito vinho para postar por aqui.

Lembrando que me propus a tomar uma garrafa de vinho por dia. A media diária deu quase isso, uma vez que teve dia que tomei duas garrafas e outro que não tomei nenhuma. Em seis dias que fiquei em Buenos Aires, tomei cinco vinhos. Sempre acompanhado da Ana e do Timóteo. Pedro Pereira não compareceu em Buenos Aires, demarcando de última hora.

O primeiro vinho tomado em Bs As já foi postado anteriormente. Isso mesmo! Aquele que Norton que eu achei terrível. O segundo é um vinho tinto argentino difícil de se encontrar aqui no Brasil. Apresento-lhes o Trapiche Fond de Cave Reserva Malbec. Vinho argentino, de Mendoza. Por ser difícil de se encontrar aqui vale a pena experimentá-lo na Argentina. Cabe ressaltar que os vinhos Malbec argentinos são considerados um dos melhores do mundo. Com textura aveludada e duradoura, tais vinhos têm um sabor agradável.

O site do produtor é este aqui! Há também um vídeo comercial do vinho aqui que causa em mim uma sensação de estar passeando por ruelas estreitas na França ao saborear o vinho. Detalhe: nunca fui a França.

Meu breve comentário sobre o vinho:

Diferente da minha primeira escolha (Norton), o segundo vinho tomado na Argentina é daqueles BB: bom e barato. De fato tem um sabor agradável e que combinou com o prato do nosso almoço: Ojo de bife! Fugimos um pouco do tradicional bife de chorizo acertadamente e o vinho combinou bem com o prato.

Tenho percebido que a maioria dos vinhos argentinos é da região de Mendoza. Andei pesquisando um pouco e descobri que Mendoza possui o centro vinicultor mais importante da América Latina. Pesquisei também sobre o que seriam os vinhos de reserva. São vinhos que antes de ir ao mercado ficaram algum tempo conservados em barricas de carvalho. Esse tempo varia de país para país. Por exemplo, para o produtor no rótulo do vinho que é um vinho de reserva, o produtor precisa deixar o vinho pelo menos 12 meses em barricas de carvalho e mais 24 meses na garrafa antes do vinho ir para o mercado. Interessante!


Tipo: Tinto
Vinícola: Trapiche
Safra: 2010
Composição: Malbec
País: Argentina
Região: Mendoza
Grad. Alcoólica: 14%
Volume: 750ml
Preço: 45 pesos argentinos
Data: 09/08/2012 - Buenos Aires - Argentina



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

4º - Norton - Carbenet Sauvignon, Malbec e Merlot

Quarto vinho, primeiro dia em Buenos Aires. Saímos para jantar Ana, Timóteo e eu. Deixaram para mim a incumbência de escolher o vinho. Escolhi por indicação do garçom este vinho do qual nunca ouvi falar. Vamos a ele!

De acordo com a minha pesquisa, é um vinho redondo na boca, boa estrutura e agradável sabor final. É um vinho argentino e não achei muitos comentários sobre o mesmo.

Meu comentário:

Falhei na escolha. Não posso dizer que o vinho é ruim. Mas ele não agradou o paladar de nenhum de nós três. Comemos um bife de chorizo e tomamos cada um cerca de duas taças do vinho. Taças que demoraram acabar. Achamos o vinho muit seco e de final nada agradável. Devo ressaltar que não posso dizer que o vinho é ruim. Apenas que o meu paladar não foi com a cara dele. Bons vinhos nos esperam aqui em Buenos Aires. Buenas noches!

Tipo: Tinto
Vinícola: Norton
Safra: 2009
Composição: Carbenet, Malbec e Merlot
País: Argentina
Região: Mendoza
Grad. Alcoólica: 13
Volume: 750ml
Preço: 42 pesos argentinos
Data: 08/08/2012 - Buenos Aires - Argentina



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

3º - Navarro Correas - Merlot

O post deste terceiro vinho será rápido e no final eu explico o porquê. Não tive muito tempo para pesquisar sobre o vinho. Mas a verdade é procurei pela primeira vez um local especializado em vinhos para comprá-lo. Informei a pessoa que me atendeu que e queria um vinho para acompanhar um fondue que ia comer. Ela me explicou que o interessante é que o gosto do vinho não entre em conflito com a comida. Pois dá a impressão ou que a comida não está boa ou então que o vinho não é bom. Por este motivo ela me "receitou" este vinho pelo fato da uva (Merlot) ser bem suave. Com isso é uma ótima pedida tanto para fondue doce quanto para salgado. Um bom vinho argentino, de Medoza!

Agora estou em São Paulo esperando meu vôo para Buenos Aires, onde pretendo tomar vinho toda os dias. Justifico aqui este post tão breve.

Tipo: Tinto
Vinícola: Bodega Navarro Correas
Composição: Merlot
País: Argentina
Região: Mendoza
Grad. Alcoólica: 13,8
Volume: 750ml
Preço: R$ 45,90
Data: 03/08/2012 - Brasília-DF